Na equação da vida...
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- Eu já te disse que não sei fazer o balanceamento da equação da vida, você sabe disso.
- Como assim?
- A equação da vida, amiga. Quer dizer que eu não sei dividir o que é bom e o que é ruim. Mas sei que o que conta é o resultado. Se for negativo, não vale a pena. Se for positivo, vale.
- O problema é que eu nunca sei se o meu resultado está certo, então...
- E, na minha vida, os valores são sempre inconstantes... Não dá pra saber.

Liz, editei esse layout pra você, mas é provisório. E se você não gostar desse, eu edito qual você quiser, ok?
Beijos.

Memories

segunda-feira, 15 de novembro de 2010 10:18
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Memórias às vezes
somem
Quando eu as solicito.
Escondem-se. Tímidas.
Malditas.

Memórias retornam
súbitas.
Do vento, do cheiro,
vontade, dor, gosto.
Do nada.
Risonhas. Ou não.

Nos momentos mais
inesperados
inusitados
inconvenientes
insanos.

Memórias despertam
Raiva, lisongeio
angústia, alegria
Raiva, compaixão.
Nostalgia.

Inúmeras, frequentes.
Alheias.
Idiotas, bobas, fofas, sérias.
Torturantes
memórias.
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Poeminha aleatório que eu escrevi numa madrugada enquanto eu estava "estudando", num momento em que eu deveria estar dormindo. Fazia tempo que eu não escrevia algo do gênero. Não é nenhuma obra espetacular, mas ficou bonitinho :D

Farewell

06:24
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Gente, a Liz tá muito triste! Hoje três grandes amigos meus estão indo embora, e agora eu dificilmente poderei vê-los. Eles vão para Viçosa fazer um curso preparatório intensivo para as provas do Coluni. São pessoas inteligentes e esforçadas. Certamente passarão nas provas, e aí serão mais três longos anos de distância. Depois vem a faculdade, carreira, família... Pode parecer exagero da minha parte pensar nisso ainda na oitava série, mas são os fatos. Eu vejo isso sempre, quando estou na rua com adultos (mãe, avó, tios) que volta e meia se cruzam com pessoas e não dizem mais que um "ei", raramente acompanhado de um "tudo bem?" e quando eu pergunto quem são eles dizem: "ah, estudamos juntos alguns anos", ou "éramos vizinhos na infância", "um amigo da juventude"... Relações que se perderam.
É a vida, eu sei. Mas talvez eu não esteja preparada. Não estou. A mesma vida que parecia tão fácil e amistosa de repente me lança umas pedreiras enormes no caminho. Podem dizer que internet e telefone servem justamente para encurtar as distâncias e nos fazer sentir próximos de quem não podemos estar, mas não é a mesma coisa. Mesmo que tentemos manter contato, com o passar do tempo as conversas vão se esfriar, a frequência das ligações vai diminuir e os assuntos se tornarão escassos. Eu sei que virão novas amizades e que esse é um ciclo habitual que acontece o tempo todo com todos nós. Mas eu não queria que fosse assim.
Agora é como se arrancassem um pedaço de mim. Eu jamais serei a mesma sem eles. E só de pensar que, no ano que está por vir, muitos outros também partirão, o meu sufoco aumenta. Amizades que foram construídas tijolo por tijolo desmoronando de uma hora pra outra. Eu também vou tentar uma vaga no tal colégio e, se eu passar (algo um tanto improvável), eu provavelmente irei embora também, o que seria ainda mais doloroso.
Aos que partem:
Ju, minha amiga mais nerd e mais comédia. Nos conhecemos esse ano, mas nos demos muito bem. Amiga, vai lá e mostra pra gentinha metida que você muito mais que eles. Pensa no Samuel que você passa de olhos fechados ;D. Rogério, meu amigo de palhaçadas e besteiras. Nos conhecemos também esse ano, mas falamos porcarias suficientes para umas 30 vidas. Vou sentir muita falta de te negar biscoito na hora do recreio, de te bater, das suas tentativas de me irritar (muito bem sucessedidas, por sinal) e de todas as filosofias inúteis. Babi, a quem eu era mais apegada. Minha amiga-tudo, com quem se podia falar de tudo. Depois de três anos grudadas, não é nada fácil me despedir de você. Apesar dos obstáculos, vou fazer de tudo e mais um pouco para que nossa amizade perdure. Você já sabe o que fazer para se lembrar de mim. E eu pra me lembrar de você. O cd do Oasis vai até furar!
Bom, eu quero que eles fiquem com Deus, foquem nos estudos e se deem bem por lá. Torço por eles. Vai ser difícil ficar longe, mas a causa é nobre.

Kisses & hugs.
Nota 1: peço desculpas mais uma vez pela ausência. Tem sido impossível postar durante a semana.

Nota 2: A Clara conseguiu traduzir muito bem esse momento no seu último post (Despedidas - 2). Confere lá.

Nota 3: A Babi me deu um cd do Oasis antes de ir. O disco é Familiar to Millions, o primeiro disco ao vivo da banda. Eu tentei anexar uma foto dele aqui mas não consegui XD. Na contracapa, a Babi escreveu uma dedicatória que diz: "Laís, our friendship is going to LIVE FOREVER. 'Cos u're my wonderwall and say what u say I'm going to stay with u FOREVER! LOVE YOU!" Fofa demais, né? Espero que seja assim mesmo.